sexta-feira, 29 de março de 2013

Construções no Bom Retiro


O Conselho Municipal de Patrimônio Histórico Edificado de Blumenau vai pedir ao prefeito Napoleão Bernardes uma revisão do zoneamento urbano da região do Bairro Bom Retiro. O grupo, formado por representantes do poder público e da iniciativa privada, está preocupado com o aumento de novos projetos para construção de prédios na região com 23 imóveis tombados pelo patrimônio histórico.
A possibilidade de construção de prédios com mais de quatro andares veio em 2010, com a mudança do zoneamento do bairro. Duas construções já foram aprovadas e outras duas foram avaliadas na quarta-feira, durante a primeira reunião do ano do conselho.
Os novos projetos, das construtoras Torresani e Raymundi, preveem, no total, a construção de três edifícios de 18 andares. Para alguns conselheiros, essas construções podem comprometer o patrimônio histórico e descaracterizar aquela região da cidade.
Os novos projetos só voltarão a ser avaliados depois da solicitada revisão do zoneamento. O presidente do conselho e secretário municipal de Planejamento, Alexandre Gevaerd, disse que quer dar velocidade a esse processo para definir, de uma vez por todas, o melhor caminho para o bairro.


Dos dois imóveis já autorizados, um está com a construção parada. Um prédio de 15 andares da incorporadora Melchior Barbieri teve a obra suspensa pela Justiça depois que o Ministério Público questionou o fato da construção estar ao lado de um imóvel tombado pelo patrimônio histórico. O projeto não teria considerado os recuos mínimos exigidos. Com autorização da Justiça, a construtora está finalizando a fundação para não comprometer os imóveis vizinhos.
A outra obra é do Residencial Pablo Neruda, da construtora Raymundi, que também será erguida ao lado de uma casa tombada, na Rua Gertrud Gross Hering. O prédio de 18 andares foi aprovado pela prefeitura, tem alvará de construção e deve ser erguido sem problemas, mesmo se o zoneamento for alterado.
Na terça-feira, o Sindicato da Indústria da Construção Civil se reúne para discutir o tema.

Fonte : Coluna Mercado Aberto

Essa situação me lembra o reality-show comandado pelo Silvio Santos, a "Casa dos Artistas", onde as regras eram mudadas durante o jogo.
Se a comunidade não quer edifícios, tudo bem. Mas que se unam para preservar as casas consideradas patrimônio histórico. As construtoras incorporam as casas antigas ao empreendimento, dando uma revitalizada no imóvel e permitindo que seja preservado. Porque inibir uma iniciativa que pode preservar algumas casas ? Para depois deixá-las largadas a sua própria sorte ? É sacanagem. Alguns preferem ver as casas caírem de velhas do que dar o braço a torcer para alguma construtora. Pessoas assim me lembram muito o "Blumenauense Fundamental" citado por Maicon Tenfen em sua coluna semanal no Jornal de Santa Catarina.

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