sábado, 10 de dezembro de 2011

Rua 7 de Setembro - Abandono no coração da cidade

O Jornal de Santa Catarina na edição de 10 e 11 de Dezembro mostra 5 prédios abandonados no centro da cidade, na rua 7 de setembro, a rua que tem mais vocação comercial da cidade. A reportagem mostra a história de alguns imóveis e lança esperança de que pelo menos dois deles recebam novos empreendimentos. Espero que recebam imponentes edifícios comerciais com muitas vagas de estacionamento rotativo. Estes edifícios poderiam ter entre 30 e 40 andares com design diferenciado. Blumenau espera ansiosamente para remover estas manchas negras da sua área central. Reportagem de Daniela Matthes e fotos de Artur Moser. Clique para ampliar.








Vidraças quebradas, entulhos, teto caindo, escuridão e insegurança. Esse poderia ser o retrato de imóveis de áreas esquecidas pelo mercado imobiliário, mas na verdade descreve cinco prédios que desvalorizam uma das ruas com o metro quadrado mais caro de Blumenau. Quem anda pela Rua 7 de Setembro, no trecho entre os cruzamentos com as Rua Doutor Amadeu da Luz e Namy Deeke, precisa passar em frente a quatro imóveis fechados há mais de uma década. De acordo com conselheira do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) e diretora do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de Blumenau e Região (Secovi), Soraia Vasselai, desvalorizam, em média, em 15% os imóveis da vizinhança.
Corretores de imóveis avaliam o metro quadrado da Rua 7 de Setembro em R$ 1,5 mil, empatando com a Ponta Aguda e a Alameda Rio Branco. Só perde para a Rua XV de Novembro, onde o metro quadrado é estimado entre R$ 3,5 mil e R$ 4 mil.
Um dos prédios fechados foi sede do antigo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e o imóvel anexo, próximo à Rua Amadeu da Luz. Ambos pertencem à família Willecke, que não quis dar detalhes sobre os motivos de os imóveis estarem fechados e sem manutenção há mais de 20 anos. O prédio de cinco andares que abrigou o órgão federal já não tem mais telhado e chegou a ser ocupado por andarilhos. Agora, um muro de tijolos impede a entrada de pessoas no local.
Os outros imóveis sem ocupantes têm expectativa de melhora. O Hotel Baviera, na esquina com a Rua Nereu Ramos, está fechado desde 2004. Esporadicamente abre as portas da antiga recepção para feiras filantrópicas. Ano que vem deve ser reformado. O imóvel ao lado da Justiça Federal foi vendido e está disponível para locação.
Na última quarta-feira, o Conselho Municipal de Planejamento (Coplan) aprovou um processo para que no local seja construído um prédio comercial. O posto de combustíveis em frente ao Hotel Himmelblau também foi negociado. Na reunião de outubro do Coplan foi aprovado um processo para o local receber um prédio com térreo comercial e o restante com apartamentos residenciais.
Há ainda um terceiro projeto de um prédio comercial para a região dos fundos do prédio que foi sede do INPS. Por ainda não terem concluído a tramitação dos projetos na Secretaria de Planejamento, não há detalhes dos empreendimentos.
Um quarto projeto para a região e que está próximo de sair do papel é a construção de uma unidade da rede Balaroti, de artigos para o lar. Serão 3,5 mil metros quadrados de área construída entre a Rua 7 de Setembro e a Rua Presidente Getúlio Vargas. A inauguração está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2012.
Os imóveis abandonados não são sinônimo de pouca procura. A conselheira do Secovi explica que a rua tem grande procura para locação, mas algumas características dificultam os negócios. São elas a falta de segurança e as calçadas ruins, principalmente na região próxima à Justiça Federal. Cita o caso do filho, assaltado duas vezes no local este ano.
– A maior parte dos imóveis estarem nas mãos de poucos também prejudica negociações – complementa Soraia.


Falta de opções eleva o valor dos imóveis disponíveis
Corretor de um dos imóveis disponíveis na rua, Andrey Tomazi avalia que a Rua 7 de Setembro ainda tem capacidade para receber novos investimentos, principalmente magazines - como o de 3,5 mil metros quadrados anunciado há cerca de um mês - e prédios altos com salas comerciais.
– Procura para estes fins na rua tem muita, mas falta opção. Por isso também o preço do que está disponível é alto - avalia Tomazi.
Em três anos a rua deve estar bem diferente do formato atual, estima o diretor de Compra e Venda do Secovi, Carlos Alberto Teles Roesener:
– Com as obras anunciadas e melhora em parte da infraestrutura da 7, logo vamos ver uma rua bem diferente. Melhor. Mesmo sem estacionamentos públicos ao longo rua. A procura por locação deve até aumentar.
Apesar de não estar abandonado, nem fechado, o imóvel da Casa Royal também chama a atenção de quem passa pela região. A empresa entrou com pedido de dissolução na Justiça, que ainda não foi concluído. Por isso diminuiu as atividades, mas ainda ocupa parte do prédio que fica na esquina das ruas 7 de Setembro e Namy Deeke.


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